
A Pele Negra
é a Cor Padrão
O projeto Cor Padrão visa enaltecer e glorificar personalidades negras de relevante importância pela sua atuação ou por sua existência, seja ela, conhecida ou não.
Serão apresentados através de pinturas em tela sobre colagens de jornais, onde a notícia impressa será focada em crimes contra o povo negro, vítimas do sistema racista.
Um projeto tomado por simbologias, a começar pelo seu título, onde a frase: "A pele negra é a cor padrão", nasceu em resposta há séculos de perseguições e explorações às pessoas de pele preta.
Seguido pelas cores usadas nas obras, no qual o preto vem representando às pessoas negras e o dourado traz o belíssimo significado: "Somos ouro, valemos mais que ouro".
Por último, o uso do sinete.
Ele substitui a tradicional forma de assinatura do artista e inova ao retratar a marcação dos corpos negros por escarificação ou ferro quente*, prática usual durante o período da escravidão.
*Símbolos ou iniciais do proprietário eram queimados/cicatrizados, especialmente em regiões expostas como rosto, braço e mão. A prática era usada como forma de punição, sobretudo, em casos de fuga e que assumia a condição de propriedade daquele que era escravo (NOGUEIRA, 2020).
NOGUEIRA, André. ALÉM DO TRONCO: 10 MÉTODOS ATROZES UTILIZADOS NOS ENGENHOS ESCRAVISTAS. 2020. Disponível em: https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/alem-do-tronco-10-metodos-atrozes-utilizados-nos-engenhos-escravistas.phtml. Acesso em: 22 abr. 2022.
